O fenômeno da globalização, tão constante, atualmente, tem levado milhares de pessoas a deixarem seu país de origem atraídas por empresários que enganosamente prometem boas condições de trabalho. Essa imigração tem gerado um novo tipo de escravidão, com características peculiares, definido pela Organização Internacional do Trabalho como “Escravos da Globalização”.
Com a aceleração do desenvolvimento tecnológico o desemprego tornou-se crescente e crônico, produzindo dessa forma uma fábrica de excluídos, ficando evidente que a procura por empregos é desigual às vagas oferecidas. Nessa corrida desenfreada surgem ofertas aparentemente milagrosas que acabam por desencadear um fluxo de pessoas a diferentes nações pelo mundo.
No limite, a procura por empregos agrava-se quando milhares de pessoas imigram de forma ilegal, sofrendo inúmeros riscos e humilhações, submetendo-se ao trabalho escravo com baixos salários, condições desprezíveis de sobrevivência, tendo que recorrer, por exemplo, à prostituição.
Tendo em vista os aspectos observados, percebe-se um colapso na procura por empregos, aumentando dessa forma, a fileira dos oprimidos resultantes do sistema econômico vigente, estimulando assim, o renascimento do trabalho escravo, fato que tem gerado indignação e inconformidade nos quatro cantos do mundo.